pelos mistérios da Regaleira

Ao fim de umas largas semanas de distância do último encontro que realizámos à Quinta da Regaleira em Sintra, finalmente surge o trabalho final que eu e a Laura compusemos. A nossa desculpa é razoável, ora confirmem: É que o calor, a praia, a natureza e as férias são os ingredientes principais para não se fazer rigorosamente nada de produtivo! Ou será que o não fazer nada, afinal de contas terá a sua produtividade?! Aqui fica uma reflexão…   

Bem, mas vamos ao que interessa (pois as férias já acabaram).


A Quinta da Regaleira está situada na encosta da Serra de Sintra e a pouca distância do Centro Histórico da Vila. 

O Palácio da Quinta

Rodeada de magníficos jardins, lagos, grutas, um palácio, uma capela e outras construções que evocam a arquitectura românica, gótica, renascentista e manuelina, esta quinta enigmática oculta significados alquímicos como os evocados pelos Templários, pela Maçonaria e pela Rosa-Cruz. 

O Poço Iniciático

É sem dúvida um dos lugares mais misteriosos do nosso país que vale a pena visitar quer de dia, quer de noite. 

 Um dos túneis do Poço Iniciático

Os pontos de maior interesse - todos eles com grande simbolismo porque nada foi pensado e erguido ao acaso, são o Palácio, o Bosque, o Patamar dos Deuses, o Poço Iniciático, a Capela da Santíssima Trindade e a Torre da Regaleira.

Pormenor de uma janela do Palácio

Foram tantas as fotografias que tirámos durante este encontro que mais uma vez resolvemos criar um video com algumas delas. Esperamos que com ele possam ter uma ideia da Quinta. Os comentários são sempre bem vindos.




Até ao próximo encontro (para breve)!

As chamas da nossa indolência

A época mais crítica em fogos florestais no nosso país começa precisamente hoje e, de acordo com o jornal Metro, os especialistas temem um Verão com elevado risco de incêndios devido ao Inverno chuvoso. E isto porquê? Pois como tivemos um período de chuvas prolongado, a vegetação que cresceu atingiu dimensões superiores a outros anos.

Apesar dos esforços e dedicação de bombeiros e outros elementos, infelizmente todos os anos a situação repete-se e doí-me a alma quando vejo na televisão, durante praticamente todo o Verão, imagens de florestas a serem consumidas por chamas... Assim, não podia deixar passar este dia em branco e como forma de me manifestar deixo aqui uns versos que escrevi.

As chamas da nossa indolência

(2005)

Floresta que choras pelo teu verde perdido

Que gritas teu nome com eloquência

Aos ingratos Homens que haveis protegido

Aos ignorantes Homens que ferem sua própria sobrevivência

Por terem ateado as chamas da sua indolência!

Bosque que desvaneces Verão após Verão

Com chamas que envergonham a nossa existência

Com chamas que um dia também nos destruirão

Por deixarmos incendiar a nossa própria inteligência

Transformada agora em chamas de negligência!

Árvore que ardes sem poderes pronunciar tua dor

Mas que anuncias para breve a nossa falência

Porque quem não sabe cuidar do seu mundo com amor

Não merece que este lhe transmita subsistência

Apenas merece arder nas chamas da sua indigência!

Mesmo assim...

Tu, floresta, esforças-te por renascer

Fazes das cinzas o solo por onde voltas a florescer

Fazes do preto a cor da tua confiança

E o deserto do teu chão, a tua nova esperança!

Tu, bosque, regressas para a tua terra colorir

Fazes os animais voltar a surgir

E revelas-nos que a tua luta não tem fim

E que a nossa também devia ser assim!

E tu, árvore, fortaleces as tuas raízes

E mesmo tendo-te desiludido, parece que ainda nos dizes

Que reapareceste para nos mostrar

Que ainda podemos nossa própria inteligência ressuscistar!

É com esperança que desejo que este ano a situação não se repita...

Recordar a nossa infância ...

Quem não se lembra do típico passeio da escola (perdão!?! visita de estudo!?!?! eh eh eh) ao Jardim Zoológico de Lisboa...

Pois é, levantar bem cedo depois de uma noite mal dormida, à espera que fossem horas de subir para aquele autocarro enorme que nos levaria a uma cidade distante, para ver animais exóticos que até agora só conhecias através de fotos em livros...

O ritual de ver as nossas mães prepararem o lanchito e saber que até nesse dia o almoço ia ser diferente, com algumas guloseimas e que ninguém te ia dar a desculpa do costume "Não podes comer isso porque faz mal aos dentes..."

Pois é, foram bons velhos tempos... os quais agora tive oportunidade de recordar, ao voltar ao zoo com os meus sobrinhos. Devo dizer que o zoo está muito diferente da minhas recordações de infância (felizmente para melhor!!!)

Apesar de o dia estar um pouco nublado e com alguns períodos de chuva nada disso importou e foi um dia cheio de emoções. Pois aqui ficam só algumas fotos desse dia, na esperança que vos estimule também, a fazerem mais uma vez esta viagem...

Começámos pelo espectáculo da "Baía dos Golfinhos". São animais incríveis e o espectáculo está muito giro. As crianças (e os adultos !!!) deliram com este animais...

Depois dos golfinhos e leões marinhos fomos até à "quintinha" ver alguns animais domésticos ( a vaquinha, os patos, as galinhas e como não podia deixar de ser os meus favoritos, estes coelhinhos)

Junto à quintinha temos o recinto das pequenas aves e não resisti a tirar uma foto a este casalinho...

Continuámos a nossa aventura pelo reptilário, o qual eu vi a correr e sem tirar grandes fotos, ou seja, répteis não é comigo.

Até que me deparei com esta situação quando chegámos ao recinto das girafas. O que será que ela terá feito, para a quererem expulsar de casa?!?

Próximo das girafas os miúdos deliraram com um animal conhecido dos filmes de animação "Timon".

Percorrer o zoo é incrível, ver aves exóticas, leões, tigres, elefantes, até uns orangotangos a espreguiçar ao solo...

Para terminar um dia em grande, visitámos os ursos e aqui fica um deles num registo bastante descontraído...

É curioso que quando somos crianças qualquer viagem por mais pequena que seja parece uma aventura num país distante. Pois é eu voltei a ser criança por um dia e diverti-me imenso...

Voltem também a ser crianças e aproveitem o nosso Zoo de Lisboa...

Borboletas, escaravelhos e libelinhas - As fotos mais que atrasadas

Esteve difícil mas aqui vai o meu primeiro post no blog. Não estejam com grandes expectativas em relação às minhas fotos, já que sou, o que na gíria se diz e muito bem, uma completa amadora .......

Mas com tantos pedidos, especialmente da Sara, que já está farta de me dar na cabeça por não fazer um post com as minhas fotos, decidi avançar!!!

Tenho também de admitir que, se não fossem os desafios que a Sara continuamente me tem proposto, possivelmente o meu bichinho pela fotografia continuaria adormecido.

E que melhor forma para começar que com umas fotos do nosso passeio em Montemor. Como já a Sara e a Mónica referiram foi um dia muito bem passado e em excelente companhia.

É curioso o quanto ignoramos por vezes o sítio onde vivemos e muitas vezes não nos damos conta das paisagens que nos rodeiam até que alguém nos salienta a sua beleza...

Ora aqui estão as minhas Borboletas

E também tenho uma mosca disfarçada de abelha

É curioso a camuflagem que alguns animais adoptam para conseguirem sobreviver

A mesma espécie de insecto mas em dois registos completamente diferentes, não sei qual prefiro, a cor intensa ou a foto em sépia.

Porque não quero que se torne um post muito extenso e maçudo (eh eh eh) , só para terminar uma foto tirada no belo Castelo de Montemor.

Só a titulo de agradecimento pessoal: Muito obrigada Mónica pela tua disponibilidade e pelo excelente trabalho de guia (eh eh eh) nesta visita a Montemor. Diverti-me muito!!!

Temos de começar a planear o próximo passeio...

As fotos (atrasadas) do passeio das borboletas...

Venho finalmente mostrar as fotos que captei durante o passeio que fiz com a Sara e a Laura.

Como a Sara já disse, foi realmente um dia muito bem passado, em boa companhia!

Durante a manhã fizemos o dito passeio e à tarde a Sara e a Laura ficaram a conhecer melhor a cidade, e eu aproveitei para ver com outros olhos os lugares e os detalhes que vejo todos os dias.

Para mim foi uma espécie de "desenferrujar"! :))

Vi vários insectos, o passeio deixou uma vontade de repetir, é pena que não se possa concretizar mais vezes, não só pelo passeio mas acima de tudo pela companhia, tenho feito outros passeios do género, só com a minha filha ou com o marido, mas não é bem a mesma coisa. Isto de ter alguém para responder a tudo o que nós não sabemos é bem bom! :))

Resta agora aguardar pacientemente pelo próximo passeio.

Esta espécie chame-se Rhagonycha fulva, não lhes conheço nome comum

Coentros em todo o seu esplendor

Esta senhora chama-se Euchloe crameri

Aqui podemos ver uma mosca disfarçada de abelha, que pelos vistos é um truque muito comum entre as moscas para afastar os predadores.

Esta é uma borboleta da espécie Pyronia bathseba

Um gafanhoto...

E este bichinho tem como nome comum vaca-loira. Pobre coitado, o que lhe saiu na rifa!

Ah... Laura: só faltas tu, queremos ver as tuas fotos!

Borboletas, escaravelhos e libelinhas

Estava difícil partilhar convosco as fotografias que tirei durante o encontro Borboletas, escaravelhos e libelinhas, promovido pela CM de Montemor-o-Novo. Mas, finalmente, aqui estão os momentos que captei com maior cuidado e pormenor.
Devo dizer que a Mónica avivou-me o gosto pelas fotografias macro. Até então nem sequer sabia que a minha máquina tinha essa funcionalidade... Estamos sempre a aprender... E foi isso mesmo que me aconteceu durante este passeio: aprendi a utilizar novas funções na máquina, a olhar para os seres mais pequenos com outros olhos (não é que eu seja muito grande - lol), a cultivar novas amizades...

Ah! E ainda mais outra aprendizagem: Sabiam que as asas das borboletas funcionam como uma espécie de painel solar? Captam a energia do sol para depois conseguirem voar! Fascinante não é!? E ainda dizem que nós, humanos, somos seres originais... 

Quase selvagens

Não faço a mínima ideia de que insecto se trata...

Sapo desconfiado

Uma simples e vulgar mosca

Azul (Libelinha)

Em borboleta transformar-me-ei!

Uma das infinitas espécies de borboletas que existem

A fotografia do sapo e a da libelinha não foram tiradas durante este passeio. É que o gostinho ficou de tal modo avivado que este Domingo, na barragem de Odivelas (Alto Alentejo), não pude deixar de levar a minha máquina e captar mais uns momentos na natureza! 

Mónica e Laura estou ansiosa por ver as vossas fotografias... 
De que estão à espera?!

Reconhecimento do território...

Devido a contratempos de alguns membros do clube, o encontro na Serra da Gardunha teve que ser adiado para o mês de Junho - época da apanha da cereja. Será de certeza um encontro de ficar com água na boca e, por isso, juntar-se-á o útil ao agradável...

Mas a nossa curiosidade (minha e da Laura) era tanta em conhecer aquela região do país, tão pouco explorada por qualquer uma de nós, que não resistimos em fazer uma espécie de reconhecimento do território. Claro está que as nossas máquinas não pararam de disparar onde quer que parássemos.

Assim, aqui vos deixo algumas fotografias que tirei. O melhor deixamos para Junho...

Cerejeiras perto de Alpedrinha

Árvore em flor

E como tempo foi o que não nos faltou, fomos ver como era o "inferno" em Manteigas (Serra da Estrela)...

Valhelhas - a caminho do "inferno"

Poço do Inferno...

...ainda o Poço do Inferno

Deixo-vos agora com o melhor do passeio ou pelo menos com o mais marcante - Monsanto. E porque uma fotografia não basta para fazer justiça àquela singular aldeia que há muito parou no tempo, criei um pequeno video para vos fazer crescer a vontade de a visitar... 

O poder da fotografia

«Se de repente deflagrasse um incêndio em tua casa, contigo lá dentro, e tu pressintisses que não haveria modo de extinguir o fogo a tempo de salvares todos os teus pertences, qual seria o primeiro objecto que agarrarias para levares contigo e preservares?»

Um dia colocaram-me esta pergunta e, coincidência ou não, a minha resposta espontânea foi semelhante à de tantas outras pessoas - as minhas fotografias.

Pois é, não é preciso pensar muito para chegar à conclusão de que uma peça de roupa, uns sapatos, um livro, um computador, uma jóia valiosa ou até mesmo uma prenda especial que nos ofereceram não têm o mesmo valor que um conjunto de albúns fotográficos ou uma Pen/CD preservando alguns dos maiores tesouros das nossas vidas - as nossas recordações, os nossos momentos, a nossa forma (passada e presente) de estar e de ver o mundo. E isso é algo que ninguém pode voltar a comprar! Não há como reaver!

Dá que pensar o quão forte é o poder da fotografia, não é?!...

Bem, entretanto aqui está o video que prometi com a compilação de algumas fotografias que recentemente captei e editei. Se encontrarem beleza nas imagens, isso acontece pura e simplesmente graças à verdadeira beleza dos sítios que percorri!...

... Quando tiverem oportunidade visitem estes maravilhosos locais e tirem fotografias até esgotarem o cartão de memória! É impossível resistir ao ambiente que nos rodeia e não desejar conservar todas as sensações e emoções que experienciamos através da arte da fotografia (digital)!!!

Como é bom sonhar e voar!

Quanto é bom ser livre!

Na companhia do melhor amigo